Tango

Agarro-me às palavras
Como as letras se desejam
Num conjunto quase inato
Recalcado na natureza.

E elas brotam como flores
Rosas, margaridas
Sem adubos ou aditivos,
São simples arritmias.

Promovem sonhos
Na noite e no dia,
Vivem e sentem
Tal alma descabida.

Letras e palavras
Dançam nestas linhas
Como um tango desenfreado
Que assombra e arrepia,

Como a pele que se cobre
De penugem em sobressalto
Uma alma que renasce
Num corpo apagado

E unem-se no tango,
Numa valsa sempre a dois
Como dois amantes na cama
Um orgasmo para os dois.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Lua cheia

Nó de escuteiro