No portão verde

Num abraço de esperança,
Um castelo construído.
Portas abertas na herança
De um coração preenchido.

Rumo à dúvida e incerteza
Satisfaz o desejo
De nos olhos de pequena
Alcançar o copo cheio.

Taquicárdia compulsiva
Pela esperança renascida,
No esplendor de uma vida,
Uma simples tentativa.

Vislumbrado ao longe
Um castelo atordoado,
Fechado que nem monge
Num mosteiro abandonado.

Bate ao portão verde, deslumbrada
Pelo amanhecer de um novo dia
Esperança redobrada
Numa alma renascida.

Mas as portas encerradas
Do castelo atordoado
São como tempestades inesperadas
Num ilhéu abandonado.

Rumo diferente, mas em frente
Como um passo seguro,
De um passeio pela mente
De uma ilha com futuro.

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