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A mostrar mensagens de 2011
Um desejo...Acabei por descansar a mão e pensar por outras linhas, voltando a cair no erro ou na necessidade de aconchegar os pensamentos em almofadas de infância, daquelas que nos acompanham desde sempre e que acabam por se gastar com o tempo. E deixei de partilhar...aqui, somente aqui. Por certo, algumas coisas, pensamentos e sentimentos acabam por não ser expostos, não por clausura, mas por ternura para com eles. Acabo por constatar que existem coisas que são simplesmente da nossa almofada de infância, outras que não são para ser pensadas, simplesmente vividas, outras que são para ser vividas e só depois pensadas e, por fim, outras pensadas e depois vividas. Premeditação, não no sentido criminal da palavra. Talvez esteja mal empregue. Por tempos, nos últimos, dei-me à liberdade de viver e não pensar. Agora penso, matuto, em instantes vivo.

Trocas

Felicidade estampada nos rostos. Reconhecimento de um prazer quase inato, imediato, reactivamente expresso, mas tendencialmente camuflado. Os corpos respondem a um aumento de prazer, adrenalina e bem-estar instantâneos. Aqui, é difícil a verdade pura dos instintos não se sobrepor. Os músculos faciais mexem-se involuntariamente, inadvertidamente e o reconhecimento, interno e externo, desse sentimento é promovido, obrigatoriamente permitido.
Aproxima-se de súbito Com o bater das suas asas Interrompe o ruído do silêncio. Despertas e incertas Certezas, são destruídas E aproxima-se de súbito O rasgar do novo voo Inesperado, desejado.  Simplesmente fantasiado...
Na bruma, na espuma. Um mar cinzento. Procura inconstante do preenchimento. Praia sem areia, orquestra sem instrumentos, Pianista sem piano, arquitecto sem planeamento. Procura inconstante por vales e planícies. Sentimentos incongruentes E uma busca incessante… Mas nem pianista para o piano Nem projecto para o arquitecto. Sem música, sem casa Um simples objecto.

Bolo de chocolate

A viagem decorria. Estava a imaginar o que poderia acontecer quando me apercebo que não vale a pena imaginar mais... Estava a ficar mais ansiosa do que aquilo que queria! Olhei pela janela. Na auto-estrada deslizavam, lenta ou velozmente, todos os carros que naquela direcção se dirigiam. Ao vê-los passar pelo autocarro senti que, pela primeira vez finalmente, estava a acompanhar e a ser acompanhada por todos os outros veículos. Motas, carros, carrinhas ou autocarros. Finalmente fui até ao fim! E apercebi-me que o mais importante já tinha feito. Idealizei e pensei. Nada de extraordinário ou que não fosse habitual! A diferença porém é que, desta vez, fui até ao fim. Depois de idealizar e pensar, projectei, construi e finalmente pus no papel! Daqui a menos de 2 horas estaria apresentado e todo o trabalho desenvolvido nos últimos meses teria o seu aval externo. Qual quê?! Sim, é importantíssimo para mim conseguir o tal papel. Mas, naquele autocarro, a 100Km/h, mais do que sentir a ansieda