Este
Este texto tem o objectivo de tudo e de nada. Começou por uma dúvida. Simples e
curriqueira. Fazêmo-la imensas vezes... “Será que vai chover amanhã?”. E todos
nós sabemos que por mais atento que estejamos ao instituto de meteorologia,
eles assumem, com toda a confiança, que é uma previsão, não é uma certeza. E
foi com a confiança na dúvida e com a seta do cupido, ou não, que me apaixonei
perdidamente pela palavra. Não a dúvida em particular. Qualquer palavra. Agora
vivo com a palavra, e a minha vida tornou-se um desequilíbio maravilhoso. E, na
noite, sim foi numa noite de Inverno que caí perdidamente nos braços das
palavras e das letras, e cheia de dúvidas mas com a decisão de sair do buraco
negro, mesmo porque lá só há negro e estou cansada da escuridão do negro. Já
conheço o negro, agora quero conhecer a palavra branco, roxo, vermelho,
laranja, todas. Quantas vezes me aqueceu a cama o laranja-avermelhado... Agora finalmente
vou conhecê-la. Mas como dizia, e foi nessa noite, que isto, que ainda não sei
o que é, começou. O leitor, mesmo com dúvidas sobre o interesse ou não disto
que ainda não sabe o que é, continue. Permita-me convidá-lo/a a entrar neste
mundo, que ainda que incerto, é certo ser o meu. E talvez não...
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