A côr do mar

E quando as ondas teimam em levar-te
Para mundos onde não desejas ir,
O sal na pele se entranha
Deixas de ser corpo, viras mar.

Um mar nem tanto azul nem tanto verde,

Não como aqueles dos postais.
É uma côr assim-assim,
Como as ondas daquele mar.

Não se quebram neste instante

Porque construídas agora assim,
Em partes, mais inteiras,
Relembram-me as ondas daquele mar.

Descanso as pálpebras e, por momentos,

Sinto o teu cheiro chegar a mim
O vento que me sussurrava trazia
Contigo, desatino e tranquilidade.

Longe de ti, volto a abrir os olhos,

Vejo-te, Sinto-te, Cheiro-te...
Não era o horizonte que esperava
Era descobrir a côr do meu mar.

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