Um desejo...Acabei por descansar a mão e pensar por outras linhas, voltando a cair no erro ou na necessidade de aconchegar os pensamentos em almofadas de infância, daquelas que nos acompanham desde sempre e que acabam por se gastar com o tempo. E deixei de partilhar...aqui, somente aqui. Por certo, algumas coisas, pensamentos e sentimentos acabam por não ser expostos, não por clausura, mas por ternura para com eles. Acabo por constatar que existem coisas que são simplesmente da nossa almofada de infância, outras que não são para ser pensadas, simplesmente vividas, outras que são para ser vividas e só depois pensadas e, por fim, outras pensadas e depois vividas. Premeditação, não no sentido criminal da palavra. Talvez esteja mal empregue. Por tempos, nos últimos, dei-me à liberdade de viver e não pensar. Agora penso, matuto, em instantes vivo.
Despir a pele
Com os olhos te vejo sair Na pele sinto-te entrar Num instante, por magia Começo a cantar: É uma vida tão pequenina Que se deseja encher É um corpo que se acalma Quando no peito começa a Ser É uma alma nova Num mundo que é o mesmo Uns olhos que brilham Sem qualquer sensatez Agora olho-te em silêncio Para que do sonho não te acorde Olhar-te em surdina É amar-te de cor.
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