Um desejo...Acabei por descansar a mão e pensar por outras linhas, voltando a cair no erro ou na necessidade de aconchegar os pensamentos em almofadas de infância, daquelas que nos acompanham desde sempre e que acabam por se gastar com o tempo. E deixei de partilhar...aqui, somente aqui. Por certo, algumas coisas, pensamentos e sentimentos acabam por não ser expostos, não por clausura, mas por ternura para com eles. Acabo por constatar que existem coisas que são simplesmente da nossa almofada de infância, outras que não são para ser pensadas, simplesmente vividas, outras que são para ser vividas e só depois pensadas e, por fim, outras pensadas e depois vividas. Premeditação, não no sentido criminal da palavra. Talvez esteja mal empregue. Por tempos, nos últimos, dei-me à liberdade de viver e não pensar. Agora penso, matuto, em instantes vivo.
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Lua cheia
Recordo-me de passearmos Dos nossos dedos entrelaçados Conversarem no silêncio Dos passos conquistados Recordo-me de dançarmos E dos nossos corpos balançarem Numa coreografia imaginada Em passos dançados E nesse silêncio tão só nosso, Tão só meu, por entre dedos e corpos Encontro-me inteira A rodopiar na lua cheia
Nó de escuteiro
O teu olhar curioso No espelho reluzente Indaga o mistério De que luz ilumina a mente Nesse mesmo olhar Que olha curioso Reluz nesse espelho Amor que aquece o esqueleto E nesse instante se une No teu corpo, um só Coração e mente Como se tratasse de um nó E firme como só ele Feito por escuteiro de renome Nasce um nó curioso Que engloba o teu nome.
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