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Despir a pele

Com os olhos te vejo sair Na pele sinto-te entrar Num instante, por magia Começo a cantar: É uma vida tão pequenina Que se deseja encher É um corpo que se acalma Quando no peito começa a Ser É uma alma nova Num mundo que é o mesmo Uns olhos que brilham Sem qualquer sensatez Agora olho-te em silêncio Para que do sonho não te acorde Olhar-te em surdina É amar-te de cor.