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A mostrar mensagens de maio, 2013

Nó de escuteiro

O teu olhar curioso No espelho reluzente Indaga o mistério De que luz ilumina a mente Nesse mesmo olhar Que olha curioso  Reluz nesse espelho Amor que aquece o esqueleto E nesse instante se une No teu corpo, um só Coração e mente Como se tratasse de um nó E firme como só ele Feito por escuteiro de renome Nasce um nó curioso Que engloba o teu nome.

Plátanos de Alvalade

Perfume I - Metal Sinto o teu perfume Quando pela rua vagueio Passo apressado, passo tranquilo E no ar o teu cheiro invasivo Sonho o que relembro Em passagens inesperadas De um sentir tão intenso Como as armas entoadas De um cheiro emergente De um tempo apagado porque em vão Dos sonhos sonhados de então Restam apenas pequenas ilusões e desejos vãos. Perfume II - Jasmim Esse perfume que já não cheiro Quando pelas ruas de Lisboa vagueio Passo apressado, passo tranquilo E o ar com novos cheiros me presenteia Recordo o então e vivo o agora Num balancé contraditório Entre os perfumes do passado E a fragrância de um novo fado.

As tuas letras

Naquele dia cintilante Em que os braços se renderam Os meus olhos leram O que a tua voz cantou  Desejei num primeiro momento Que as letras do papel caíssem Um segundo, um instante E as letras não caíram Toquei-as com os dedos Surpresa medo desejo Voltei a tocá-las Suspirei Toquei-as de novo Sorri E tal como lá Agora te sinto em mim E num desejo quase inato Sonho que aquelas letras Não tenham fim

Olá

Quando o anúncio da tua vinda Em mim se abateu Foi como o prenúncio de um sentido Num mundo do avesso Como por direito ele ficou Sem que à alma se reconhecesse O desejo que existia Neste mundo que agora é teu E numa reviravolta que desenha O grau dos obsoletos Emerge um horizonte Que sobre o copo cai em seco Neste instante então pergunto O que de ti me é permitido recolher De igual modo me indago O que a ti posso oferecer